A Autora
Sou carioca, nasci no Rio de janeiro, esta cidade que me fez fazer, criança, o meu primeiro poema. Houve um tempo em que pensei ser jornalista, escritora e psicóloga, mas acabei fazendo Direito e Administração. Saí da faculdade, fiz concurso para Auditor Fiscal do Trabalho, meu primeiro e último emprego.
Hoje escrevo voltando aos meus anteriores desejos. Cuba impressões de um Turista (editora Revan) nasceu de uma viagem a Ilha, em 1987, momento em que muitos falavam mal dela e não a conheciam e nem nunca tinham lido sobre ela. E o bom de tudo isso foi que esse livro passeou bastante, até ser digitalizado pela Universidade do Texas em 2008. Fui premiada com o 3º lugar no I Concurso de Poesia Nova Era, editora Shogun Arte, 1989.
Enveredei na literatura infanto- juvenil em 2001, quando escrevi, a quatro mãos, com Lauri Prieto, O Visitante do Planeta Cosmos (Editora Topbooks), um livro para quem se fascina com os mistérios do Universo. Para nossa surpresa, ele foi selecionado, pela Secretaria Municipal das Culturas/ Rio Arte, como projeto especial – tema inexistente na Cidade do Rio de Janeiro.
Voltei aos bancos da escola em 2003, para tentar entender os livros em sua arte e técnica, no curso de pós-graduação “Book Publishing” da Fundação Getúlio Vargas. O esforço e a vontade me deram o prêmio do primeiro lugar.
E como a literatura e a análise, desde sempre, me fascinaram, concluí na PUC, em 2005, o curso “A magia da palavra-criatividade, literatura e psicanálise”.
Conversando com Lygia-www.cartasresenhasbilhetes.etc, que a Topbooks (2012) acaba de editar, acendeu em mim a criança, os sentimentos e os fios da infância entrelaçados às releituras d´A Bolsa Amarela e Paisagem, de Lygia Bojunga, que me levaram à Raquel (a criança escritora) e ao Lourenço (o crítico).
A vida continua me surpreendendo. O Conversando com Lygia foi selecionado pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (Seção Brasileira da International Board On Books for Young People), para exposição na 50º feira do Livro Infantil de Bolonha 2013, na categoria Ficção para Jovens. A resenha, escrita por Alice Aurea Penteado Martha, integra o respectivo catálogo, na página 35, reproduzida aqui, na seção livros, para o leitor curioso. Hoje o livro está no acervo da Biblioteca Internacional da Juventude em Munique, Alemanha.
Mais uma marca acontece à minha escrita: A Menina que Engoliu o Sapo, meu terceiro livro pela Topbooks (2016). Segundo o editor, um conto lírico, um libelo ao preconceito.
Escrever é um mergulho, olho atinado em tudo que me cerca e olha dentro de mim. Uma necessidade prazerosa. Sento e escrevo dois parágrafos, ora duas folhas. Deixo maturar. A distância faz fluir as minhas preocupações, os meus sentimentos, o entorno. A madrugada vem, o dia vai, o dia volta, a madrugada me acorda com as palavras que se escrevem. Enquanto as perguntas estiverem vindo à tona, a escrita dissemina em mim a incógnita da palavra, em novas narrativas.
